29 de julho de 2010

Pensar sobre espadas é no mínimo interessante.
Espadas são como seres vivos:
Nascem, brilham, se desgastam e perecem.

Assim como nós,
Têm um ponto de equilíbrio, energia e um coração.
Acabe com um deles e todo o resto está perdido:
Desfaça o equilíbrio, e sua guarda se desintegra;
Atinja o coração, e sua energia se apaga;
Dissipe sua energia e sua lâmina se inutiliza.

Também como nós,
Toda espada tem sua bainha.
Uma "capa" simples que lhe protege do tempo
E preserva seu corte.
Sem a bainha, a espada se enferruja e se torna inútil rapidamente.

As espadas também dependem de outra pessoa.
Não importa se é forjada da mais perfeita técnica.
Sem alguém que saiba usá-la,
Torna-se apenas um amontoado de metais fundidos.

Acho que não sou do tipo samurai ou cavaleiro.
Não sei empunhar minha espada do modo como deveria.
O corte está sempre virado para mim,
Para evitar machucar os outros
Apesar de isso sempre acontecer.

É triste, mas ninguém me fere.
Eu mesmo me corto.
No máximo, acertam a minha espada e esta se vira contra mim.

Mas eu não fujo do que devo
Também não luto o que eu prometo
Não sei o que faço, nem como faço.
De tanto "não saber",
Também não tenho uma conclusão sobre esse pensamento.

Eu sou o que sou
Mas não sei explicá-lo.

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