27 de novembro de 2011

Charlie,
como vão as coisas do seu lado da tela? Aqui tudo voltou ao normal, a tristeza reina absoluta novamente. O castelo de areia desfez-se perante à tempestade prevista.
Meu querido amigo, sinto saudades, sinto ciúmes desta nova pessoa do seu lado, me entristece muito este esquecimento teu.
Mas não me leves a sério. sabes o quão carente sou e que espero sempre demais das pessoas.


*sei que você já leu, mas não resisti e postei*

24 de julho de 2011

Desculpe pela linha fora de serviço.
Acho que acabei deixando o telefone fora do gancho...
Sem notar, a tinta da minha caneta acabou
Enquanto eu continuava escrevendo despercebidamente.

Um problema de energia,
Esqueci de me ligar na tomada.
Se não me lembrar, não me carrego
E deixo meu peso morto a ser levado por aí.

Eu ainda estou aqui,
Ainda estou a te observar de longe.
Estou roendo as traças enquanto não consigo me aproximar,
Apertando mais ainda as correntes aos pulsos.

Não, o problema não é esse.
Você é a luz sobre a minha imperfeição.
Suas palavras são empunhadas a ferro quente
Só para deixar marcas para serem memoráveis.

Perto delas, me desfoco.
Fujo de medo, medo de não conseguir me desembainhar depois
Pois na verdade, já estou navegando
Por todo esse mar que você me proporciona.

Eu ainda estou aqui.

13 de junho de 2011

A distância não é a habitual.
Onde estás que não me respondes?
Duas distâncias eu não aguento.
Suas distâncias eu não aguento.
E ainda assim és o que tenho de mais próximo.
Mais precioso.

20 de maio de 2011

Fiz e refaço projetos e planos.
Íntegros e fiéis ao manual. Que manual?
Acho que perdi, a vontade -
felicidade esvaiu assim, fácil.
Quase acostumada.

10 de maio de 2011

Abandono.

Estou assim,
como estas cartas.
Largada às traças.
Abandonada.
Adiando o amor
e perdendo - tempo.
Queria que o encontro
fosse selado naturalmente -
diluindo temores&fracassos -
daquele jeitinho mágico.
Que arrebata olhares.
eu não tenho coragem
de dizer que vou partir.
porque, no fundo,
não quero abrir mão de você.
por isso me guardei tanto tempo em silêncio —
era o amor remoendo aqui dentro,
dando voltas na quadra
e me fazendo recuar  
sempre.

Minha natureza calada é apenas um escudo.

25 de abril de 2011

Palavras jogadas ao vento.

Eu gosto de gostar de você.
E gosto mais pois é este amor que me faz companhia nos momentos de solidão,
quando as paredes começam a ruir, tenho este amor por companheiro.
Sabes também, que adoro escrever-lhe. Ao te escrever me encontro contigo em pensamento.
Ainda limitada, quem mandou ser assim, tão gauche? Hoje não estou para poesia.
Aliás, nunca estive. Hoje estou para escancarar, abrir o verbo mesmo.
Jogar todas estas palavras ao vento.
Quem sabe seja ele gentil, e as leve daqui... as entregue a ti.


Sinto falta de você.

8 de abril de 2011

Charlie,
a minha solidão te procura - e dói
- quando não o encontra.
Gosto de me juntar ao seu silêncio.
Minha sobriedade não tem sentido
sem a tua embriaguez.
Quem mais pode conter-me,
nos meus surtos de lucidez?

12 de março de 2011

Charlie,
teu zelo é bem-vindo todas as vezes que, sem querer, esbarra sutil em mim. é uma forma a mais de dizer, sem dizer, que me quer bem, na minha pequeneza miúda — te olhando de baixo antes de te envolver pela cintura sob a veste [ou com ela]. eu sempre sei o caminho. excitante é me perder em ti — tramando alguma armadilha cafona... ou infantil.

1 de março de 2011

Ei, cadê você?
Faz tempo que não te vejo,
Não te ouço,
Não sinto seu cheiro,
Da brisa entre seus cabelos.

Sumida, assim não vale
Sair assim e desaparecer,
Ir embora sem se esclarecer.
Acha que é fácil?

Volta aqui, onde está?
Pensa que te deixarei sair andando desse jeito?
Não, não, não vai não
Te puxo pelo braço se necessitar.

E mesmo se você se soltar,
Arrancar todas as cordas que eu amarrar,
Ainda estarei aqui no topo dessa colina
Esperando o seu voltar.

.An~

19 de fevereiro de 2011

Perdi toda minha poesia com você.
Toda rima e toda prosa.
Foi-se embora.
Não quis nem saber.


Não deixa ser à toa.

6 de fevereiro de 2011

Carta cantada.

Endereço a você a derradeira carta.
Escrita por uma mão trêmula e cansada.
Escrita de uma vez só, sem rascunhos.

Parecia música o riscar do lápis.
Correndo solto pelo papel.
Desenhando os sentimentos meus.

Deixei de lado nesta última.
Todos os poréns. Inúmeros talvez.
É tão convidativo pensar nela.
Acolhida pela sua pálida tez.

Sou uma Maria desmiolada, não sabias?
Daquelas que se fazem de sãs.
Que enviam cartas cheias de planos em palavras.
Sucintas, torpes e vãs.

26 de janeiro de 2011

A cada palavra escrita, me conquistavas.
A cada frase.
A cada sentimento transcrito.
A cada esperança, me alimentavas.

E agora, eu te pergunto.
E agora?
Agora que sua voz alcançou meus ouvidos.
Esmiuçou e acho a entrada secreta do meu coração.
Agora ele está aberto ao mundo.

O que farás jovem rapaz?
Ficarás e morrerás junto a ele.
Ou partirás e o partirá?
Enquanto não se decides.
Aqui jaz, um eterno e imortal.
Amor.

23 de janeiro de 2011

Eu gosto de acreditar que temos uma ligação paranormal,
Coisas estranhas como irmãos gêmeos,
Daquele tipo estranho e mágico,
Como o simples fato de que,
Sem nos conhecermos,
Sem nunca termos ouvido a voz um do outro,
Sem mesmo eu saber o seu telefone,
Já saber que é você que está me ligando a partir do "Alô vizinho"
Esse tipo de coisa, não encontramos todo dia.
Isso é que é legal.

14 de janeiro de 2011

sem mais nem menos. eu quero sempre mais

Caio,
Talvez você nunca tenha a dimensão da saudade que sinto de você. Da sua voz, que eu nunca escutei. Do seu cheiro, que eu nunca senti. Do abraço que nunca demos. Dos olhares que estão por vir. É você quem me salva de mim, da minha solidão, das minhas mágoas e ressentimentos. É a esperança de você que eu alimento e que me alimenta. Eu preciso viver na expectativa de você. De estar com você e um dia quem sabe, encontrar a melhor parte de mim, perdida nas entranhas do seu pior.

Desculpe, estas últimas palavras foram vomitadas.

Eu te amo.

13 de janeiro de 2011

Das noites acordado,
Daquela luz que não me deixa fechar os olhos.

Dos traços tortos,
Das falhas tentativas de desenhar sua perfeição.

Dos momentos solitários,
Dos pensamentos isentos de sua ausência.

Daquilo tudo que me faz retornar às suas palavras,
Seus pensamentos e seus desejos.

Daquilo tudo que me rodeia transparente todos os dias,
Extraio o que posso e guardo aqui para você.

Talvez um dia, quando possível,
Possa juntar tudo e jogar de uma vez sobre nós.

4 de janeiro de 2011

.

charlie,
acho mesmo que a minha alegria depende da tua — 
também não gosto de ser triste. 
mas tudo é questão de tempo. 
porque o desejo já impõe — 
sem sobreavisos, bilhetes, notificações. 
do jeito que deve ser — 
com equilíbrio e livre de pressa, 
como se quer o amor: pleno de si.

3 de janeiro de 2011

Sem poesias ou músicas hoje.
Sem dizer o mesmo blá-blá-blá.
Sem promessas, sem esperanças.
Sem exageros.

No princípio me pensei imune à você.
Me tentei assim fazer.
Fracassei como de costume.
Me deixei encantar.
E cantar. Por você.
.
Mas não soube dançar a melodia certa.
Pus a música errada na Juice-Box.
Em vez da valsa lenta e romântica.
Recorri ao tio roquenrou.

Pulamos e agitamos.
E não nos conhecemos.
Não nos permitimos.
Não nos abrimos.
Não nos magoamos.

E não nos conhecemos.
Você quer me conhecer?