6 de fevereiro de 2011

Carta cantada.

Endereço a você a derradeira carta.
Escrita por uma mão trêmula e cansada.
Escrita de uma vez só, sem rascunhos.

Parecia música o riscar do lápis.
Correndo solto pelo papel.
Desenhando os sentimentos meus.

Deixei de lado nesta última.
Todos os poréns. Inúmeros talvez.
É tão convidativo pensar nela.
Acolhida pela sua pálida tez.

Sou uma Maria desmiolada, não sabias?
Daquelas que se fazem de sãs.
Que enviam cartas cheias de planos em palavras.
Sucintas, torpes e vãs.

Um comentário:

  1. A expressão em punho vez respirou fundo, prendeu o ar, e esvaziando as bochechas rabiscou palavras tão bonitas.

    Bjos, Rafaella!

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