21 de setembro de 2010

charlie,
minha paciência existe porque você existe. é fator visceral. tua herança mais bela, se me imaginar a muitos anos daqui ― o que evito fazer. lidar com o irrevelável que há no porvir. é como ir à última página da nossa história e nada por lá encontrar. um faz-de-conta sem fim. a linguagem interrompida. à espera de ― um gesto, uma palavra, um sinal. a simulação do amor ― você é minha doçura, eu sou a sua e ponto ― preservado nestas linhas nas quais me faço [desfaço], na história que vivo a contar, nestas páginas que um dia você lerá.

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